Roger Waters lança “The Dark Side Of The Moon Redux”

Compartilhe

“The Dark Side Of The Moon Redux”, é uma versão reimaginada do álbum original lançado em 1973 pelo Pink Floyd.

Por Sandro Abecassis

Roger Waters lançou nesta sexta-feira, 6 de outubro, “The Dark Side Of The Moon Redux”, uma versão do álbum originalmente lançado em 1973, que completou 50 anos em 2023.

Antes do lançamento, o músico disponibilizou três singles, “Time”, “Breathe”e “Money”, com versões suas das canções. É claro, que como autor da obra ele pode fazer o que bem entender, e na minha opinião as canções reimaginadas servem para entender por um outro lado a obra do artista. O próprio músico declarou que o objetivo não era melhorar as músicas originais. 

“Dave, Rick, Nick e eu éramos muito jovens, quando gravamos o disco, e, quando se olha o mundo à nossa volta, claramente a mensagem não ficou. É por isso que comecei a pensar o que a sabedoria de um homem de 80 anos poderia trazer a uma versão reimaginada do disco”. Conforme comentou Waters em um dos vídeos de divulgação do material.

O “Redux” é para ouvir.

Ouvir o “Redux” de Waters é uma experiência interessante, porque ele também trouxe outros músicos para participar do projeto, como por exemplo, Gus Seyffert no baixo, Joey Waronker, na bateria, Jonathan Wilson, Guitarra. Além de Johnny Shepherd no órgão e Theremin e Gabe Noel arranjos.

Em “Time” , por exemplo, ele inicia com o verso A voz esteve lá o tempo todo – Escondida nas pedras dos rios – Escondida em todos os livros – Escondida à vista de todos – Era a voz – da razão”. A versão ficou simplesmente encantadora, diferente, o Theremin dando um efeito vocal, além do conjunto de cordas, ficou realmente algo bonito de se ouvir.

“Money” trouxe uma pegada jazzística, incluindo elementos de cordas, assim como efeitos especiais, jazz órgão, e o videoclipe traz um belo e forte cachorro como protagonista. 

A introspecção do álbum, “Redux” não invalida a obra original e nem tem a intenção de ser uma substituta. É igual quando o fã vai para o show do artista e quer ouvir o solo igual como está no disco. E com certeza Waters não vai levar este “Redux” para os shows.

Um artista como Roger Waters que já produziu clássicos memoráveis tem esse direito de pegar sua obra e transformá-la. Serve para nós que somos fãs como uma abertura de consciência. Afinal quem é fã de verdade do Pink Floyd e não entendeu isso, precisa voltar e ouvir cada um dos álbuns da banda e perceber toda a evolução. 

Roger Waters: as melhores linhas de baixo do músico no Pink Floyd. 

 

Estão chamando de “palestrinha”

“The Dark Side Of The Moon Redux”, é quase falado na maioria, inclusive alguns críticos tem chamado o álbum de “palestrinha”. Contudo, quando Roger liberou o álbum nesta sexta-feira, 6, corri para ouvir como ficou “Great Gig In The Sky” de Richard Wright, que está sem o lamento encantador da voz maravilhosa de Clare Torry. 

A versão de Waters, traz uma vocalização mais amena, quase um lounge em que Roger divaga sobre a canção de Richard Wright,. Ele fala sobre o câncer e a sinuosa estrada da vida. No entanto, sinceramente, era melhor Waters ter deixado só a parte instrumental. 

Um detalhe, a fabulosa capa, onde o olho do cachorro reflete o prisma com o arco-íris do disco original.  

Roger Waters desembarca no Brasil em outubro para uma sequência de shows. 24/10 – Brasília, 28/10 – Rio de Janeiro, 01/11. Além de Porto Alegre, 04/11 – Curitiba, 08/11 – Belo Horizonte, 11/11 – São Paulo.

E por fim, ouça “The Dark Side Of The Moon Redux” e comente sobre o que você achou.