“Piece of mind” do Iron Maiden vai completar 40 anos em 2023.

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“Piece of mind”, álbum que marca a estreia de Nicko McBraian vai completar 40 anos em 2023

“Piece of Mind” do Iron Maiden foi lançado , é o segundo álbum da banda depois que Bruce Dickinson assumiu os vocais em, “The number of the beast”, no lugar de Paul DI’anno. 

Em 2022, lembrar que o disco trouxe clássicos como, “The trooper”, “Flight of Icarus”, “Revelations”, “To tame a land”, é mais do que batido e conhecido de todos os fãs. O que pretendo enfatizar escrevendo sobre este álbum é a visão que um garoto de 12 anos teve ao ouvir este álbum pela primeira vez.

Nessa época eu começava a aprender a tocar violão, incentivado pelo meu tio Salvador, que aliás, me apresentou todas essas bandas clássicas. No entanto, diferente dos outros garotos, o que me chamava atenção no álbum, era a linha de baixo do Steve Harris. 

O “dono” do Iron Maiden foi a minha primeira influência para escolher o baixo como instrumento. A evolução e harmonia das linhas em “Revelations”, determinava o que viria em todas as faixas do álbum e carreira do Iron, principalmente a característica de velocidade em marcha de Harris. Foi a primeira música que aprendi a tocar, óbvio que nas cordas de baixo de um violão Tonante. 

Estreia de Nicko McBrain

NICKO McBRAIN
NICKO McBRAIN

“Piece of mind”, marca a estreia de Nicko McBrain como baterista, substituindo Clive Burr, que traz para banda uma batida militar, esse disco é também a consagração de Bruce Dickinson como vocalista. A gravação do álbum ocorreu nas Bahamas para fugir dos impostos do Reino Unido. Traz influências literárias de autores como, Alistair MacLean, em “Where eagles dare”, assim como, Aleister Crowley, inspirou, “Revelations”. 

A banda tinha fama de satanista, para a molecada da época isso era ótimo, afinal sexta-feira 13 e A Hora do pesadelo, davam ênfase ao gênero. e na época propositadamente a banda gravou uma citação ao contrário, antes da faixa “To lame a land”, Nicko McBrain fala,  “what ho sed de t’ing wid de t’ree bonce” (o que disse o monstro de três cabeças), “don’t meddle wid things you don’t understand” (não mexa com coisas que não entende). 

A gente soltava o braço da “eletrola”, para girar o reverso e desvendar o que ele falava. Contudo, tínhamos quer chamar alguém que entendesse inglês, a frase faz referência ao ditador de Uganda, Amin Dada. 

A capa.

Sem dúvida a capa de um disco do Iron Maiden para a molecada chegando na adolescência era sem dúvida algo que a moçada de hoje perdeu. A começar pelo Eddie, preso por corrente em uma sala acolchoada. 

O disco aberto mostra a ilustração de Derek Riggs inteira, e uma janela aberta, uma curiosidade, na capa do single, “Flight of Icarus”, um cubo aparece acima da asa de Ícarus, seria a prisão onde o mascote do Iron estava preso?

A parte interna do encarte é um prato cheio para os fervorosos e radicais que consideravam a banda adoradora do cramunhão. Sentados em uma mesa grande em uma sala com ares medievais – cheias de armaduras em volta, que por sinal quem está dentro dos trajes é o produtor Martin Birch e Derek Riggs – a banda, mantém o olhar fixo em uma bandeja onde é servido um cérebro, a exceção de Bruce Dickinson, que aparece olhando para o lado oposto com uma maçã espetada em um punhal. 

Como basicamente todos os vinis de grandes bandas, as letras e autoria das músicas estão dentro do encarte interno. Quem gosta de ler os agradecimentos, vai encontrar no álbum, o carinho gratidão da banda  principalmente com familiares e amigos. Em uma delas existe um agradecimento e desejos de boa sorte ao ex-baterista Clive Burr

“Piece of mind” é um álbum que marca a fase mais criativa do Iron Maiden, consolidando a banda como uma referência do Heavy metal mundial. Inclusive, no intermédio deste auge, em janeiro de 1985, o Iron fez o icônico show do primeiro Rock in Rio, no Brasil. 

Na sequência a banda lançou três clássicos, “Powerslave”, “Somewhere in time”, “Seventh son of a Seventh son”.

Por fim, 0uça o álbum