Pink Floyd em Pompeia: Quilômetros de Cabos e Altas Taxas Marcaram a Gravação

“Pink Floyd at Pompeii – MCMLXXII”, gravado em 1971, reestreia nos cinemas IMAX no dia 24 de abril

O lendário “Live At Pompeii”, lançado em 1972, não trouxe retorno financeiro para o Pink Floyd, mas foi um marco artístico. O álbum foi gravado ao vivo nas ruínas de Pompeia, destruídas pela erupção do vulcão Vesúvio em 79 D.C.

Nick Mason, em sua biografia “Inside Out Minha História Com o Pink Floyd”, compartilha curiosidades das gravações. Sobre a viagem ao local, ele relembra: “Foi uma viagem bastante barata e alegre, Peter Watts e Allan Styles tiveram o duro trabalho de dirigir pela Europa transportando o equipamento. Não levamos as famílias para visitar pontos turísticos, pois tínhamos um número limitado de dias para fazer o trabalho”.

O baterista também destaca: “O trabalho era cansativo, sem noites de folga para experimentar a culinária e os vinhos da região, mas a atmosfera era agradável, com todos executando seu trabalho. No fim das sessões do anfiteatro, fomos para o alto da montanha para filmar algumas cenas em meio ao vapor das fontes termais e tivemos uma breve oportunidade de explorar Pompeia”.

Pink Floyd em Pompeia: Quilômetros de Cabos e Altas Taxas Marcaram a Gravação

Um detalhe interessante é que o diretor Adrian Maben precisou filmar uma longa sequência de bateria em “One Of These Days” porque um dos rolos acabou extraviado, restando apenas uma paleta limitada de tomadas e ângulos de câmera.

Além disso, algumas cenas foram gravadas em estúdios em Paris, incluindo imagens de lava descendo a montanha e mosaicos de Pompeia. Um detalhe curioso é que Richard Wright aparece sem barba nas cenas parisienses, diferentemente da apresentação em Pompeia.

Altas taxas.

Em termos burocráticos, o Pink Floyd teve que pagar altas taxas à prefeitura de Nápoles para gravar nas ruínas. Os cabos elétricos para alimentar o equipamento vinham de uma igreja localizada a quilômetros do anfiteatro.

Infelizmente, a documentação relacionada ao filme acabou destruída em um incêndio nos escritórios responsáveis pela produção. As gravações ocorreram entre 4 e 7 de outubro de 1971, totalizando quatro dias.

Embora o Pink Floyd tenha gravado sem público, rumores dizem que crianças locais conseguiram acessar o anfiteatro durante as filmagens. Resta saber se essas histórias vão constar no relançamento de “Pink Floyd at Pompeii – MCMLXXII”, , restaurado em 4K e com som remasterizado.