“Brinquedo”, o episódio mais perturbador da 7ª temporada de Black Mirror

Consciência artificial e nostalgia dos anos 90 se encontram em “Brinquedo”, de Black Mirror

A sétima temporada de Black Mirror mantém o tom sombrio e visionário das edições anteriores, explorando temas que, embora envoltos em ficção, estão cada vez mais próximos da nossa realidade. Inteligência artificial, vício em tecnologia, disfunções sociais e os limites da consciência humana viram alguns dos assuntos abordados com a já conhecida dose de provocação da série.

Um dos episódios que mais chama a atenção é o quarto da temporada, traduzido como “Brinquedo”. A trama gira em torno de Cameron Walker, um jovem excêntrico, crítico de jogos nos anos 90, convidado para testar um game inovador chamado Bandoletes. No entanto, o que parece ser apenas mais um jogo se revela algo muito mais profundo: uma consciência real, que precisa ser alimentada, cuidada e desenvolvida.

"Brinquedo", o episódio mais perturbador da 7ª temporada de Black Mirror

A história apresenta dois tempos. Já na meia-idade, Cameron – com um visual que lembra o cantor Rogério Skylab – acabando preso por tentar roubar uma garrafa de cerveja. Aparentemente um ato sem sentido, mas que na verdade faz parte de um plano maior: acessar o maior computador da Inglaterra, localizado na sala de interrogatório da delegacia, e assim expandir Os Bandoletes para todas as plataformas tecnológicas do mundo. O detalhe curioso? Para que o plano funcione, ele precisa desenhar um QR Code à mão.

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Com um final ambíguo e repleto de simbolismos, Brinquedo é mais um daqueles episódios que deixam o espectador refletindo por dias. Uma crítica à dependência tecnológica, aos laços humanos fragmentados e ao poder – ou perigo – da consciência artificial.

Por fim, vale assistir e tirar suas próprias conclusões.