Assinatura para viver? Black Mirror estreia episódio chocante sobre saúde e tecnologia

“Pessoas Comuns” abre a 7ª temporada de Black Mirror com com intrigrante tema na área de saúde.

A sétima temporada de Black Mirror da Netflix chegou com tudo e, como de costume, não decepcionou ao abordar temas sensíveis e polêmicos. O episódio que abre a nova leva, intitulado “Pessoas Comuns”, já mostra ao que veio: provocar reflexões profundas sobre o nosso futuro (nem tão distante assim).

Na trama, acompanhamos a vida de Amanda e Jonas, um casal comum interpretado por Rashida Jones e Chris O’Dowd. Ela é professora, ele trabalha na construção civil. Tudo muda quando Amanda passa mal na escola e é levada às pressas para o hospital, onde é diagnosticada com uma grave lesão cerebral. Sem perspectivas de recuperação, os médicos apresentam uma última opção: um experimento de uma empresa chamada Rivermind, que promete restaurar as funções cerebrais através de um backup digital na nuvem.

O serviço, no entanto, tem um preço salgado: uma assinatura mensal de US$ 300. Jonas aceita a proposta. A cirurgia é um sucesso e Amanda desperta, mas logo descobrem que o plano tem várias limitações: a cobertura funciona apenas dentro da cidade e ela precisa dormir duas horas a mais todos os dias para manter o sistema em funcionamento.

Assinatura para viver? Black Mirror estreia episódio chocante sobre saúde e tecnologia

Plano Plus.

Com as finanças apertadas, Jonas começa a fazer horas extras para pagar o serviço. Mas a situação se complica quando Amanda passa a receber atualizações automáticas no implante — uma delas faz com que ela comece a fazer propagandas no meio de conversas, como se fosse um outdoor humano. Ao tentarem desativar essa função, descobrem que só seria possível migrando para um plano premium, ainda mais caro.

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Desesperado, Jonas começa a vender tudo o que têm e aceita até serviços inusitados para sustentar o sistema que mantém Amanda viva. Contudo, o final trás um desfecho ainda mais perturbador ainda, ou seja vale a pena assistir. 

“Pessoas Comuns” é um retrato sombrio e inquietante sobre a dependência de serviços digitais, a lógica impiedosa das assinaturas mensais e o colapso de um sistema de saúde movido por interesses financeiros. Um episódio que não apenas entretém, mas escancara as fragilidades da sociedade moderna.