Mulheres da América Central apresentam curtas na Fundação Cultural BADESC

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Exposição pode ser visitada gratuitamente de 20 a 22 de julho, das 13h às 19h

Entre os dias 20 e 22 de julho, a Fundação Cultural BADESC apresenta a Exposição Fronteiras, uma mostra com sete curtas metragens dirigidos por mulheres artistas contemporâneas da América Central. Com curadoria de Silvana Macêdo e Francela Carrera, a ação é gratuita vai apresentar trabalhos vindos de El Salvador, Guatemala, Honduras e Panamá. A abertura está marcada para as 18h do dia 19 e as curadoras vão falar sobre o processo de seleção dos curtas.

Migração, isolamento pandêmico, assédio sexual no trabalho e violência doméstica são temas dos vídeos. Segundo as curadoras, os curtas retratam as percepções e a cotidianidade dessas seis mulheres a partir de suas vivências em seus países de origem. “As artistas também revelam suas dinâmicas emocionais, identidades de gênero e classe, e outras experiências que vivenciam a partir dos seus contextos geopolíticos”, destaca Francela, que é da Guatemala e mora desde 2019 em Florianópolis.

 A Fundação fica na Rua Visconde de Ouro Preto, 216, no Centro de Florianópolis. A visitação é gratuita e pode ser feita de segunda a sexta, das 13h às 19h.

Artistas participantes

Andrea Arauz, de Honduras, apresenta Cuerpos Vivos, Gabriela Novoa, que é de El Salvador, produziu o curta Extraño, já Laura Fong Prospert, do Panamá, traz o documentário Where He Was Born, Maria Adela Diaz, da Guatemala, apresenta dois vídeos Bordeline e Free Fall, também da Guatemala, Margarita Figueroa, traz La Casita Azul e Mia Anderson, de Honduras, apresenta o Autorretrato De Um Potencial Malgastado.

Então, saiba as sinopses dos curtas

convite Fronteiras

Autorretrato De Um Potencial Malgastado – Mia Anderson

“Inconcebível”, é o autorretrato de Emilia Ánderson, uma jovem hondurenha com ilusões de voltar ao seu país para fazer filmes, apesar do fato de que as pessoas ao seu redor a aconselham a investir seu talento em um país desenvolvido. Emília, com sua própria voz-off e uma colagem de imagens paradas e em câmera lenta, narra a busca de uma identidade cultural estética em um lugar que historicamente têm sido condenado a se definir através do olhar de outsider.

Duração 5:41 minutos

Borderline – Maria Adela Diaz

Borderline é uma mirada na realidade de milhares de pessoas que no desespero de sair do país que habitam acodem a situações de alto risco para atravessar fronteiras, neste caso, a artista coloca seu corpo como declaração viva do que os imigrantes vivenciam para tentar uma nova vida. No vídeo se documenta como a artista se acomoda dentro do interior de uma caixa de madeira revestida para empreender uma viagem mar adentro, com a intenção de evidenciar a tortuosa passagem dos indocumentados para chegar aos Estados Unidos. 

Duração: 1:55 minutos

Cuerpos Vivos – Andrea Arauz

Este curta documental experimental procura, através da sensorialidade de imagens e sons, reivindicar o fortalecimento do corpo feminino e destacar os estereótipos prejudiciais aos quais as meninas, mulheres jovens e mulheres em Honduras estão expostas. Ao mesmo tempo, procura tornar visíveis as altas estatísticas de violência que afetam o país e a falta de proteção por parte das instituições governamentais.

Duração: 17 minutos

Extraño – Gabriela Novoa

Estranho é um retrato de nostalgia, de liberdade durante o confinamento, onde as lembranças se tornam os pilares que nos mantêm a flutuar durante a crise de saúde.

Duração: 5 minutos

Free Fall – Maria Adela Diaz

Caída Libre é um vídeo-performance onde um grupo de imigrantes latinos colocam asas fictícias para encenar o voo de um pássaro. Como o mito de Ícaro, os imigrantes tentam construir asas para voar alto, mas por mais que tentem as asas não cumprem sua função e eles voltam no chão. Uma reflexão sobre o cotidiano dos indocumentados, que logo de atravessar a fronteiras procuram uma e outra vez uma vida estável, uma vida que não conseguiram nos países dos quais fugiram.  

Duração: 3:35 minutos

La Casita Azul – Margarita Figueroa

Ao chegar em um hotel na Cidade da Guatemala, Tita enfrentará a memória de sua estadia anterior, uma viagem que prometia novidade e conforto em um albergue em algum lugar isolado e tranquilo, mas ao invés disso ela encontra um ambiente de trabalho inseguro e instável graças ao proprietário do lugar. Inspirado por uma história verdadeira, infelizmente mais de uma de nós se identificará com sua situação.

Duração: 9 minutos

Where He Was Born – Laura Fong Prospert

Documentário íntimo sobre a busca das raízes e a descoberta de parentes perdidos na casa, perto de Zhongshan, China.

Duração: 30 minutos