Discos e bandas de rock

Em 2012 o Led Zeppelin recebeu uma das mais emocionantes homenagens do rock.

Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones, além da honraria viram seus clássicos executados de forma magistral em uma das lindas homenagens do rock.

Um dos momentos memoráveis na história do Led Zeppelin foi a homenagem que a banda recebeu em 2012 no evento anual Kennedy Center Honors.

Os remanescentes, Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones, receberam o prêmio Kennedy que é uma das mais alta honrarias oferecidas por autoridades americanas aos artistas, sempre feita pelo Presidente dos Estados Unidos, naquela ocasião Barack Obama. 

A cerimônia aconteceu em Washington no dia 5 de dezembro de 2012, e neste dia também receberam a homenagem o bluesman Buddy Guy, o apresentador David Letterman, o ator Dustin Hoffmann e a bailarina Natalia Makarova. 

No entanto, o ponto alto foi a homenagem ao Led Zeppelin, quando subiram no palco Jack Black com seu discurso bem humorado, a banda Kid A, tocando “Ramble on”, Lenny Kravitz com “Whole Lotta Love”, Foo Fighters trazendo Dave Grohl na bateria e Taylor Hawkins nos vocais cantando “Rock and Roll”.

Feito com o coração.

Contudo, o melhor estava por vir, na execução de “Stairway To Heaven”, por Ann e Nancy Wilson da banda Heart, Jason Bonham (filho do baterista do Led Zeppelin John Bonham) na bateria, o guitarrista Shayne Fontane responsável por reproduzir o solo de Page, além do coral Joyce Garretth Youth e mais uma orquestra de cordas. 

A potente e ao mesmo tempo doce voz de Ann Wilson deu um tom muito particular para o clássico do Led, mas uma coisa era o Heart tocar “Stairway To Heaven” em um show comum, outra era tocar na presença dos autores da música. 

Em entrevista ao site e rádio Planeta Rock, Ann lembrou do fato:

“Nancy e eu estávamos atrás da cortina logo antes de começarmos a fazer isso, e Nancy começou a pirar, tipo ‘Estou muito nervosa!’ Seus olhos ficaram muito grandes. E então nós apenas olhamos um para o outro e dissemos ‘espere isso até depois (da apresentação). OK?! Segure isso até a música terminar.”

“Então saímos e fizemos isso e foi ficando cada vez maior com o grande coral e tudo mais, e eu me senti realmente ainda dentro dele. Na época não conseguíamos ver o que os caras do Zeppelin estavam fazendo ou sentindo nem nada, estávamos muito longe, mas olhando para trás mais tarde no YouTube e tudo mais e na TV, ficamos tipo, uau!

Nancy também declarou que sentia muito frio e veio bem agasalhada com um potente casaco de pele preto. 

Ela fez uma analogia sobre o nervosismo na época: “É como ter uma tigela d’água em mãos: você não quer derramar, então, você se concentra. Mas nós piramos depois.”

Mas quem realmente pirou foi o público presente, e os próprios membros do Led Zeppelin. Robert Plant era o mais emocionado chegando a ficar com lágrimas nos olhos. John Paul Jones observava tudo e o mais empolgado, Jimmy Page vibrava a cada nova parte da canção executada.

Como por exemplo, com a entrada do coral, onde chega a vibrar. Plant olhava para Page e devia realmente passar um filme na cabeça dos dois. Principalmente pelo fato do filho de John Bonham, morto em 1980, estar tocando ali naquela homenagem. 

“Quando eu vi o Heart tocando ‘Stairway to Heaven’, não podia acreditar que aquela música tinha algo a ver com este velho de 64 anos sentado ao lado de John Paul Jones. Pensei comigo mesmo: ‘esse sou eu… como isso aconteceu?’ Conforme declarou Plant a LA Weekly.

O estilo de Jason.

  1. Jason Bonham levou além da pegada original da música, características bem peculiares suas, como contratempos ao seu estilo. Ao final, Jason aponta para Plant, Page e John Paul Jones, que levantam e bem ao estilo inglês agradecem ao músico. 

Após o show foi oferecido um jantar onde osZeppelins” cumprimentaram os músicos e se divertiram com os convidados. Uma curiosidade, John Paul Jones, do Led Zeppelin, já tocou e produziu o álbum ao vivo de 1995 do Heart, ‘The Road Home’.

 

Sandro Abecassis

Publicitário, radialista, músico e apaixonado por rock, literatura e histórias curiosas.

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