A Longa Marcha”: Stephen King inspira filme sombrio sobre regimes autoritários
Novo filme baseado em Stephen King coloca 100 jovens em um jogo de vida ou morte
O clássico livro de Stephen King, “A Longa Marcha” (publicado em 1979 sob o pseudônimo Richard Bachman), ganhou nova vida nos cinemas brasileiros com o título “A Longa Marcha: Caminhe ou Morra”. Mesmo após décadas, a história permanece atual ao abordar temas como o crescimento e o fortalecimento de regimes autoritários, a fé cega e o sacrifício humano.
No enredo, 100 adolescentes participam de um jogo mortal promovido por um governo totalitário. A regra é simples e cruel: eles precisam caminhar sem parar, mantendo uma velocidade mínima. Ao receberem três advertências, são sumariamente executados – não há volta para casa, apenas a morte.
O prêmio ao vencedor é um desejo concedido pelo próprio governo, enquanto a jornada do protagonista Ray Garraty expõe dilemas psicológicos e sociais em meio ao cansaço extremo e à pressão do sistema. O diretor Francis Lawrence entrega um retrato contundente dos regimes autoritários, ecoando a crítica presente na canção dos Engenheiros do Hawaii “Toda Forma de Poder”: “O fascismo é fascinante, deixa a gente ignorante e fascinada”.
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Apesar do cenário distópico, o filme também aborda rebeldia, amizade e compaixão que surgem mesmo em um contexto de apocalipse social. Essa combinação dá peso emocional e político à narrativa, ampliando seu impacto junto ao público.
Curiosamente, Stephen King sugeriu que a trilha sonora incluísse nomes como AC/DC, Rancid, Metallica, Rolling Stones e Bruce Springsteen. Porém, a produção optou por canções populares norte-americanas, interpretadas por Judy Greer, Gary Wagner e pelo próprio elenco.
Por fim, o longa já estreou nos cinemas brasileiros. Prometendo sobretudo, atrair fãs de distopias, suspense psicológico e das obras de Stephen King. Então, confira o trailer: