Frances, filha de Kurt Cobain, compartilha mensagem emocionante em homenagem pai.

Frances, tinha 1 ano e meio quanto Kurt morreu, em 5 de abril de 1994

A filha de Kurt Cobain e Courtney Love, Frances Bean Cobain, homenageou o pai morto em abril de 1994, com uma carta emocionada publicada nas redes sociais, acompanhada de fotos junto a ele.

Ela começa o texto dizendo: “Há 30 anos a vida do meu pai acabou. A foto captura a última vez que estivemos juntos enquanto ele ainda estava vivo”.

E segue contando sentimentos que lhe acompanharam a vida inteira. 

“A mãe dele, Wendy, muitas vezes pressionava as minhas mãos nas suas bochechas e dizia, com uma tristeza calmante, “tens as mãos dele”. Ela respirava-os como se fosse a única hipótese de o segurar um pouco mais perto, congelado no tempo. Espero que ela esteja segurando as mãos dele onde quer que estejam”. 

Frances Bean, filha de pais artistas, também seguiu no meio, aos 31 anos ela é artista plástica e visual, e também toca instrumentos. Sendo assim, a sensibilidade por trabalhar com arte ajudou com as palavras nas homenagens ao pai.

“A maior lição aprendida através do luto durante quase tanto tempo desde que estive consciente, é que serve um propósito. A dualidade da vida, dor & alegria, yin & yang, precisam de existir ao lado um do outro ou nada disto teria qualquer significado. É a natureza impermanente da existência humana que nos lança para as profundezas das nossas vidas mais autênticas. Ao que parece, não há maior motivação para se inclinar na consciência amorosa do que saber que tudo termina”.

Frances revela o desejo de ter vivido mais tempo ao lado do pai.

“Gostava de ter conhecido o meu pai. Gostava de saber a cadência da sua voz, como ele gostava do seu café ou a sensação de estar aconchegado depois de uma história para dormir. Sempre me perguntei se ele teria apanhado girinos comigo durante os verões abafados de Washington, ou se ele cheirava a Camel Lights & morango nesquik (seus favoritos, disseram-me). Mas também há sabedoria profunda estando num caminho acelerado para compreender quão preciosa é a vida”. 

E finaliza, com a frase que o pai escreveu antes mesmo dela nascer:

“O Kurt escreveu-me uma carta antes de eu nascer. A última linha diz: “Onde quer que vás ou onde quer que eu vá, estarei sempre contigo. ” Ele manteve essa promessa porque está presente de muitas maneiras. Seja ouvindo uma música ou através das mãos que partilhamos, nesses momentos posso passar algum tempo com o meu pai e ele sente-se transcendente. Para qualquer pessoa que tenha imaginado como teria sido viver ao lado das pessoas que perderam, estou a segurar-te nos meus pensamentos hoje. O significado do nosso luto é o mesmo”

Por fim, neste mês de abril, a BBC vai exibir um novo documentário sobre Kurt Cobain, trazendo vídeos e imagens inéditas do arquivo pessoal do músico.