Polêmica e boatos de furões de filas da vacina causam indignação.

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Polêmica de “fura filas”

Polêmica envolvendo vacinação e redes sociais aconteceu após Gabrielle Kirk Lins e Isabbele Kirk Lins, terem postado fotos recebendo a vacina contra COVID-19, ambas pertencem a família Lins que possuem universidade e hospitais. 

O fato de pertencerem a um grupo familiar tradicional de Manaus chamou a atenção e indignação da população pelas redes sociais, pois não pertenceriam à primeira fase de imunizados por sua idade e condição e houve a cogitação de terem furado a fila por influência familiar. 

No entanto, a Prefeitura de Manaus esclareceu que tanto Gabrielle quanto Isabbelle, que são formadas em medicina, estão lotadas na UBS atuando como no combate ao covid-19. “Não há nenhuma irregularidade, uma vez que se encontram nomeadas e atuando legitimamente no plantão da unidade de saúde, para a qual foram designadas, em razão da urgência e exceção sanitárias, estabelecidas nos primeiros 15 dias da nova gestão.” Disse a prefeitura em nota. 

Contudo, a nomeação de Isabbele Lins ocorreu em 18 de janeiro, um dia antes do início da vacinação em Manaus, como consta no diário oficial do município.

Através das redes sociais, Isabella Lins rebate os críticos ameaçando de processo e além de exaltar os méritos de suas conquistas.

Entretanto, posts de humor ironizaram a meritocracia da médica, ironizando o fato de que toda a carreira de Isabella foi dentro das empresas do pai, inclusive no histórico escolar, tendo em vista que a família é dona de escolas, hospitais e faculdades.

A polêmica continuou, chegando inclusive aos deputados Belarmino Lins (estadual) e Afonso Lins (federal), que foram associados como parentes das duas médicas. 

Os irmão deputados esclareceram através de uma nota pública, que não existe parentesco entre as duas famílias:

“A família Lins, dos deputados Átila e Belarmino LINS DE ALBUQUERQUE, não possui nenhum grau de parentesco com as médicas Gabrielle e Isabbele Lins, que pertencem a ramificação da família Nilton Lins. Dessa forma, desfazendo mal-entendidos veiculados nas redes, os irmãos parlamentares esclarecem que a postagem, portanto, não pode ser confundida com qualquer vinculação aos LINS DE ALBUQUERQUE. Diz a nota.

Boatos envolvem magistrados e o tribunal de justiça.

Na terça-feira, (19), começaram a circular por grupos de whatsApp e outras mídias sociais, uma fake news dizendo que lotes de vacinas estavam sendo desviados para dentro do Tribunal de justiça do Amazonas, com a finalidade de imunizar magistrados, juízes e servidores, desse modo, furando a fila da campanha de vacinação, tendo em vista que a prioridade são servidores de unidades de saúde que estão a frente do combate a pandemia do novo coronavírus.

Tal fato foi desmentido por meio de nota pelo órgão, que pede às autoridades que iniciem uma investigação em busca dos responsáveis.

Nota do Tribunal de Justiça.

O Tribunal de Justiça do Amazonas esclarece que são mentirosas e maledicentes quaisquer postagens que afirmem existir destinação de vacinas contra a covid-19 para esta Corte Estadual de Justiça e seus membros.

Este Tribunal se pauta pela seriedade e responsabilidade e tem plena consciência de sua função institucional, respeitando os princípios republicanos que devem nortear suas ações.

Qualquer denúncia acerca de desvio de vacinas, deverá ser devidamente apurada pelos órgãos responsáveis com o máximo rigor.

Des. Domingos Jorge Chalub Pereira

Presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas

Desdobramentos do caso.

O Prefeito David Almeida informou que vai proibir os servidores que tirem fotos e publiquem em redes sociais, “Se você se vacinou, fique para você. Você não precisa compartilhar na rede social. Essa é a determinação, esse é o pedido”, afirmou o prefeito David Almeida.

Por outro lado, através de um ofício, o presidente do TCE (Tribunal de Contas da União), Mário de Mello, solicitou nesta quarta que o governo municipal e estadual forneçam em um período de 24h uma lista nominal com a lotação e qualificação de pessoas vacinadas contra a COVID-19, além dos critérios que foram utilizados.