Kurt Cobain, ícone do grunge completa 29 anos de morto

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Neste 5 de abril, faz 29 anos da morte de Kurt Cobain mas sua música e influência continuam presentes, enquanto sua morte ainda levanta questões sobre saúde mental.

Por Sandro Abecassis

No dia 5 de abril de 1994, o mundo da música perdeu um de seus grandes ícones: Kurt Cobain, vocalista e guitarrista da banda Nirvana, foi encontrado morto em sua casa em Seattle, nos Estados Unidos. Neste ano de 2023, completam-se 29 anos da sua morte, mas sua obra e influência seguem sendo sentidas até hoje.

Nirvana. GI

Cobain nasceu em 1967 em Aberdeen, uma pequena cidade do estado de Washington, nos Estados Unidos. Ele começou a tocar guitarra na adolescência e formou sua primeira banda aos 17 anos. Em 1987, fundou o Nirvana ao lado do baixista Krist Novoselic e do baterista Aaron Burckhard.

A banda lançou seu primeiro álbum, “Bleach”, em 1989, mas foi com o segundo, “Nevermind”, que alcançou fama mundial, onde já tinha na formação o baterista David Grohl. 

Representante do Grunge

O sucesso do Nirvana não foi apenas comercial: a banda foi uma das principais representantes do movimento grunge, surgido em Seattle no final dos anos 80.

O grunge se caracterizava por um som pesado, letras angustiadas e uma estética desleixada, que contrastava com o glamour do rock dos anos 80. O grunge ganhou força principalmente entre Skastistas.

Nirvana no Palco. Foto Rock Metal

O Nirvana foi uma das principais influências desse movimento, ao lado de bandas como Soundgarden, Pearl Jam e Alice in Chains.

Mas o sucesso também trouxe problemas para Cobain. Ele sofria de depressão e vício em drogas desde a adolescência, e a fama e o estresse da vida na estrada agravaram seus problemas.

Em 1994, já casado com Courtney Love, após uma tentativa de suicídio, Cobain fugiu de uma clínica de reabilitação em Los Angeles e retornou a Seattle. No dia 5 de abril daquele ano, ele foi encontrado morto em sua casa, vítima de um tiro na cabeça. Tinha apenas 27 anos e deixava uma filha, Frances Bean Cobain

Pink Floyd: a história da banda escrita por Nick Mason.

A morte de Cobain chocou o mundo da música e seus fãs ao redor do mundo. Inclusive com várias teorias acusando a mulher de Kurt de assassina-lo. 

Sete meses depois da morte de Cobain, em novembro de 1994, o Nirvana lançava o “MTV Unplugged in New York”. O álbum havia sido gravado um ano antes. O Cenário com flores e velas, a pedido do vocalista já era um prenuncio de que algo iria acontecer. 

Kurt tocou a base de analgésicos, pois sofria fortes dores abominais. 

Veja aqui a apresentação:

Álbuns póstumos

“From the Muddy Banks of the Wishkah”, lançado postumamente manteve a popularidade da banda. Mas a morte de Cobain também trouxe à tona questões sobre a pressão da fama e o papel da música na saúde mental dos artistas.

Ao longo dos anos, Cobain se tornou um símbolo da cultura pop. Seu estilo desleixado, seu cabelo loiro desgrenhado e sua guitarra Fender Mustang se tornaram ícones do rock.

“Diários de Kurt Cobain”, um livro autêntico sobre o vocalista do Nirvana

O Nirvana ainda influencia diversas bandas contemporâneas, que mantêm vivo o legado do grunge e da música alternativa. Mas a morte prematura de Cobain também é um lembrete de que a fama e a adoração dos fãs não são suficientes para curar as dores da vida.

David Grohl montou o Foo Fighters e recentemente viveu a perda novamente de um amigo e membro da banda, o baterista Taylor Hawkins, morto em 25 de março de 2022.  Krist Novoselic mantém um projeto musical ao lado de  Matt Cameron (baterista do Pearl Jam e soundgarden) e Kim Thayil, (guitarrista do Soundgarden). 

Por fim, Courtney Love após anos de dependência química e confusões se dedica a escreve e causas sociais. A filha de Kurt, Frances Bean, atua na área de artes visuais, moda e música.