Jimmy Page não se constrangeu em substituir Eric Clapton no Yardbirds

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Jimmy Page conta diversas histórias da sua vida em um livro lançado em 2012.

O livro, “Led Zeppelin, a biografia”, escrito por Bob Spitz será lançado no dia 10 de maio. No entanto, uma edição especial, capa dura, já está em pré-venda pela Amazon.com. Revistas e jornais renomados, tais como o Chicago Tribune, Kirkus e Publishers Weekly, garantem que as 720 páginas desta obra serão consideradas uma das melhores narrativas sobre a banda.

Contudo, enquanto a biografia não chega, um outro livro é essencial para qualquer fã de Led Zeppelin, principalmente de Jimmy Page. É a obra, Luz e sombra: Conversas com Jimmy Page”, que reúne inúmeras entrevistas do guitarrista, onde ele fala do começo da sua relação com a música, detalhes da adolescência, sua atuação como músico de estúdio, o convite para o Yardbirds e a ascenção com o Led Zeppelin. 

Page com sua primeira Guitarra uma hofner em 1958

Dentre os relatos estão os primeiros acordes do ainda James Page, que aprendeu a tocar violão ouvindo Lonnie Donegan, a sensação do Skiffle na Inglaterra. Mas depois conheceu Elvis Presley, Eddie Cochran e Gene Vicent. Page ganhou primeiro um violão do pai, um hofner. Depois ele mesmo comprou uma guitarra Futurama, que era uma cópia da Fender usada por Buddy Holly, algo no Brasil como se fosse uma Tonante. 

Uma doença inesperada.

Luz e sombra: Conversas com Jimmy Page”, também traz as histórias de quando o músico teve mononucleose no começo dos anos 60, a doença era uma infecção que causava febre, fadiga e inflamação na faringe. Este período de molho é onde Jimmy começa a ouvir blues e R&B. 

Ao se recuperar tocou em várias bandas como os Crusaders, nos bares e pubs de Londres onde conheceu Jeff Beck e Eric Clapton, e tocou também com os Southernes.

Page com Carter-Lewis e Os Southerne em 1963

Jimmy Page, ‘Swan Song’: da fundação do Selo à canção para Paul Rodgers.

07

Os Yardbirds.

Avançando um pouco em um dos trechos do livro, perguntado se sentiu constrangido em substituir o amigo Eric Clapton no Yardbirds. Ele respondeu:

“Nem por um instante. Eu tocava numa banda muito boa chamada The Tridents, e eles estavam sempre falando dos Yardbirds. Eu não tinha ouvido nada deles, mas sempre falavam que o Eric Clapton era isso, o Eric Clapton era aquilo. Vou te dizer, eu estava ficando cansado de tanta devoção ao cara. Eu dizia: “Ei, foda-se o Eric Clapton, eu sou o guitarrista de vocês”.

E completou:

“Então tomei coragem e, de repente, faço parte dos malditos Yardbirds e estou de frente para o público do Eric no Marquee. Fiquei um pouco nervoso, mas também sabia que era a melhor chance que eu teria na vida. Então aproveitei. E, por sorte, tive uma ótima noite. Usei todos os truques que eu conhecia e fui ovacio- nado pelo público de pé. Depois daquilo, o grande teste foi tocar num clube em Richmond, onde iam os fanáticos de verdade do blues. Era um lugar meio fedorento para tocar, e as pes- soas literalmente subiam nos ombros umas das outras. Foi a primeira vez que senti que ia ser esquartejado”.

Page com Yardbirds em 1966

Por fim, indicamos Luz e sombra: Conversas com Jimmy Page”, um livro que