Stones: com rumores de shows no Brasil, conheça algumas loucuras de Keith Richards

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Após o lançamento do single, “Angry” começaram rumores da vind noa dos Stones para o Brasil

Por Sandro Abecassis

Os Rolling Stones lançaram no último dia 6 de setembro, o single, “Angry”, que faz parte do novo álbum, “Hackney Diamonds”, com lançamento oficialmente para 20 de outubro. Este é o primeiro álbum após a morte do baterista Charlie Watts, mas conta ainda com material gravado pelo músico.

Sendo assim, apenas uma semana depois do lançamento, já surgiu o rumor de que a banda vem ao Brasil em 2024, mais precisamente em março. A informação veio através de Amaury Jr. e do colunista Léo Dias. O show segundo eles teria abertura de uma banda brasileira, possivelmente os Titãs. 

Essa possibilidade é muito grande, tendo em vista que a banda durante a divulgação do novo single, “Angry”, criou peças publicitárias direcionadas para algumas cidades do mundo, como por exemplo, Barcelona, Los Angeles, Nova Iorque, Paris e o Rio de Janeiro, onde a marca dos Stones surgiu com o formato de diamante em uma praia no pôr do sol do Arpoador em Ipanema. 

Além disso, para quem gosta de mais referências, em um verso do single “Angry”, Mick Jagger faz referências ao Brasil no minuto 3:12, com direito a peça em outdoor: I’m still taking the pills and I’m off to Brazil (Eu ainda estou tomando os remédios e estou indo para o Brasil).

Reprodução do videoclipe Angry. Minuto 3;12

Veja o videoclipe:

Esperamos que venham, afinal o show dos Stones são sempre surpreendentes. Hoje, Mick, Ronnie Wood e Keith Richards são senhores bem comportados, mas no passado as turnês eram uma aventura.

A turnê de 1972

Stones: com rumores de shows no Brasil, conheça algumas loucuras de Keith Richards
Keith na turnê de 1972, Foto Ethan Russell

A turnê dos Stones de 1972 ficou conhecida por nomes como, turnê do nascer do sol, da cocaína, ou festa ambulante dos Stones. Segundo conta Keith Richards no seu livro autobiográfico – VIDA.

O músico lembra que na época a banda alugava andares inteiros por segurança, mas muito mais por privacidade. Segundo o guitarrista, com esta atitude eles podiam fazer a festa sem que fossem importunados.

Aquela era a primeira vez que a banda viajava em avião próprio, o chamado “Starship”, e quem abria grande parte dos shows dos Rolling Stones era um jovem músico de 22 anos chamado Stevie Wonder.

No livro, VIDA, Keith lembra das histórias do jovem músico. “Eles diziam, o filha da mãe podia enxergar, entramos em um hotel desconhecido, ele apanhou as chaves e foi direto para o elevador”. 

Mais tarde, Richards conta que Stevie Wonder tinha memorizado a planta de um hotel da Four Seasons. “Cinco passos até ali, dois passos para o elevador…ele fazia isso só para sacanear os outros”. 

O Doutor “Bill”

Naquela turnê de 1972 havia um certo trauma, afinal, ainda era bem presente o caos ocorrido em Altamont em 1969, quando um jovem acabou morto esfaqueado pelos Hell ‘s Angels, e mais outros três morreram em outras circunstâncias, sem falar na confusão generalizada.

Sendo assim, Mick Jagger pediu à produção um médico para acompanhar a banda, pelo fato que era constantemente ameaçado de morte pelos Hell ‘s Angels, e tinha medo de ser baleado no palco. Com um médico na banda, era mais fácil ser socorrido rápido. 

Stones: com rumores de shows no Brasil, conheça algumas loucuras de Keith Richards
Keith na turnê de 1972, Foto Ethan Russell

Keith Richards, não revela no seu livro o nome original do médico naquela turnê, e deu o pseudônimo de Doutor Bill. Um doutor jovem e bonito, interessado também nas groupies e em todas as loucas festas promovidas pelos Stones. 

Tanto é, que o doutor Bill”, mandou fazer uns cartões de visita com o seguinte texto: “Doutor Bill, médico dos Rolling Stones”. Ele ia para os shows e saía distribuindo os cartões, com o número do telefone do hotel e do quarto atrás do cartão. 

Os Stones obviamente sabiam, e as garotas ligavam, iam e faziam fila no andar. O Doutor Bill mantinha uma maleta com todas as substâncias possíveis, tanto para ficar louco como para tirar alguém de uma noia.

Prejuízo na mansão de Hugh Hefner.

Keith Richards lembra que em um destes shows, a banda recebeu o convite para ficar na mansão de Hugh Hefner, o magnata da Playboy. Segundo o guitarrista a propriedade era um puteiro, além do mais cheio de seguranças, parecia o QG de um ditador latino. 

O lugar tinha garotas e drogas à vontade, no entanto Keith Richards e o saxofonista Bobby Keys se trancaram em um banheiro com a maleta do Doutor Bill e para fumar cigarros. 

Richards conta no livro que eles ficavam experimentando cada uma das substâncias da maleta, até que em um determinado momento viram que o cigarro deles tinha começado um incêndio pelos carpetes do banheiro e lugar estava tomado de fumaça. Os alarmes de incêndio começaram a tocar, garçons e seguranças arrombaram a porta jogando baldes de água no local. 

Então, Richards falou para os caras: “Nós mesmo poderíamos ter feito isso, como tiveram a coragem de invadir nossa privacidade?”

O prejuízo, os tapetes queimados, os assentos dos vasos destruídos, estofados da sala de estar também, assim como cadeiras e sofás e teto.

E mais, Richard dizia que às vezes não lembrava dos fatos, tendo somente flashes, mas alguém faz questão de recordar. “Você não lembra de ter disparado a arma? Puxe o tapete cara e olhe os buracos”.  Disse certa vez Bobby.