“Sgt Pepper” faz 56 anos e continua atual e influenciando bandas.

Lançado em 1º de junho de 1967, Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, o oitavo álbum da banda, tornou-se junto com bandas como The Doors e Beach Boys a trilha sonora do “verão do amor”, mas seu apelo é atemporal.

O trabalho havia começado nas gravações no final de 1966, e em um momento pensou-se que tanto “Penny Lane” quanto “Strawberry Fields Forever” também seriam incluídas, mas quando essas músicas foram lançadas como um single em fevereiro, essa ideia foi abandonada.

“Revolver” havia sido concluído em tempo hábil antes de a banda partir para mais uma turnê.

Sendo assim, agora que as turnês estavam no passado, mais tempo podia ser dedicado à composição e gravações. Portanto, entre novembro de 1966 e abril de 1967, eles passaram mais de 400 horas no estúdio – uma grande diferença em relação aos dias de “Please Please Me”.

É claro que a música era mais complexa e, agora que as turnês haviam terminado, não havia mais a necessidade de considerar o que poderia ser reproduzido diante de uma plateia ao vivo.

Desafio para gravar

No estúdio, os Beatles incentivaram George Martin a alcançar “o impossível” e, por sua vez, George e os engenheiros encontraram maneiras inovadoras de concretizar isso, mesmo usando equipamentos de apenas quatro trilhas.

Pela quarta vez no Reino Unido, nenhum single foi lançado do álbum, e isso também se manteve nos Estados Unidos. O álbum também não foi dividido em faixas, encorajando o ouvinte a reproduzi-lo do início ao fim, pausando apenas para virar o disco.

Livro, The Beatles TUNE IN, traz novos fatos sobre o quarteto de Liverpool.

Não apenas a música era diferente, empolgante e colorida, mas também a maneira como era apresentada. A capa dupla brilhante mostrava os caras em seus uniformes do Pepper, rodeados por imagens de pessoas que eles admiravam ou que tinham interesse, enquanto na parte de trás da capa estavam as letras de todas as músicas.

Dentro de cada lado da capa havia outras surpresas, como um cartão com recortes diversos e, pelo menos nas prensagens iniciais, o envelope interno de papel trazia um design psicodélico.

O topo

No Reino Unido, o álbum alcançou o primeiro lugar nas paradas, e entre junho de 1967 e fevereiro de 1968 passou um total de 27 semanas no topo durante uma corrida inicial de 148 semanas. Tudo isso, apesar de uma proibição da BBC em relação a “A Day In The Life”.

Nos Estados Unidos, o álbum teve seu lançamento exatamente da mesma forma que no Reino Unido… bem, quase. O tom agudo e o discurso embaralhado incorporados no sulco de saída não apareceram no lançamento americano. O álbum permaneceu no topo da lista dos 200 melhores álbuns dos EUA por quinze semanas durante sua corrida inicial de 88 semanas.

Note que este período fervilhava a criativa e até mesmo uma competição sadia entre as bandas. Beach Boys trazia o “Pet Sounds”, que influenciou Paul na concepção do “Pepper”. O Pink Floyd gravava seu primeiro disco no estúdio ao lado onde os Beatles produziam o álbum.

A banda The Doors trazia toda uma fase psicodélica, autêntica e visceral, e Jim não queria soar como Beatles, afinal ele ainda estava com a imagem da banda do tempo da Beatlemania, não imaginava o que estava acontecendo nos últimos meses em Abbey Road.

O ano ainda trouxe, Velvet Underground e Jimi Hendrix. Jimi, tocou Sgt, Pepper Lonely  Hearts Club Band ao vivo, apenas dois dias depois do disco lançado. Na plateia estavam John, Paul, George, Ringo, Brian Epstein e George Martin.