Nirvana a Radiohead: 10 discos de rock que ainda são aclamados.

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Por Sandro Abecassis

Hoje, apresentamos uma lista de dez álbuns dos últimos 35 anos que são considerados um dos mais aclamados e influentes para o mundo do rock. Claro, a lista é subjetiva e vai de cada um. Então, vamos a eles:

“OK Computer” (1997) do Radiohead:

Um dos álbuns mais influentes da década de 1990, com um som experimental e letras introspectivas. Este disco do Radiohead fecha o ciclo do britpop iniciado no começo da década, e antecipa um futuro introspectivo, batendo no consumismo e no lado emocional, além do mais, o álbum surge no momento em que a popularização da internet tem um avanço significativo, principalmente na indústria da música. “Paranoid Android”, “No surprises” e fabulosa “Karma Police”, são os destaques do álbum. 

“Nevermind” (1991) do Nirvana:

Álbuns icônicos, sempre rompem ou buscam referências no passado. “Nevermind”, do Nirvana fez os dois, rompeu com hard rock farofa e do pop messiânico da década de 80 e buscou no punk rock inspiração paras as canções.

O álbum atingiu em cheio a juventude da época, que buscava um movimento para se apegar, afinal, o fim da década de 80 marca o encerramento do regime comunista na União Soviética, Apartheid na África, a queda do murro de Berlim, mas ao mesmo tempo surgem novos conflitos, como por exemplo a guerra no Iraque. 

A MTV no seu auge, entrou na vibe, e se tornou quase que o canal oficial do grunge. “Smell like teen spirit”, “Lithium”, “Come as you are”, de cara se tornaram logo hits mundiais. 

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“Ten” (1991) do Pearl Jam:

Da mesma época de “Nevermid”, “Ten”, marca a estreia do Pearl Jam, e o álbum se tornou o símbolo do grunge e da música alternativa. Canções, como “Jeremy” que fala sobre o suicídio de um garoto, “Even Flow”, imaginando a vida de um morador de rua. E a sofrida “Black”, que se tornou praticamente um hino daqueles que perderam um amor. 

As canções de Bonnie Tyler, Bon Jovi e Ava Max que são muito parecidas.

“The Joshua Tree” (1987) do U2:

É o segundo álbum daquela tríade messiânica que começou com “The unforgettable fire” e terminou com o ao vivo “Rattle and Hum”. Além do sucesso comercial de, “Within without you”, e ” I still haven´t found what I looking for”, o álbum tem excelentes canções, a exemplo de, “In God´s Country”, “Bullet the blue sky”, “Exit”, e a que abre o disco, “Where there street havent no name”. 

Bono, The Edge, Adam e Larry Jr. mergulharam no universo dos Estados Unidos para compor este álbum, tanto nas questões sociais e migratórias que o país vivia na época. E sobretudo, como a música gospel movimentava a cultura americana, principalmente a negra do sul dos EUA. Além de servir de instrumento para as reinvindicações sociais e de direitos humanos. 

“Siamese Dream” (1993) do Smashing Pumpkins:

Neste álbum Billy Corgan coloca sentimentos do passado, como por exemplo, a relação ruim com os pais transformada na pesada e bela canção, “Disarm”. O álbum não demorou para entrar nas paradas internacionais. “Rocket”, “Quiet”, “Today”,  são algumas faixas do disco, que foi produzido com os membros da banda envoltos em vários problemas pessoais, como fim de relacionamentos, além de vícios com álcool e drogas. 

“In Utero” (1993) do Nirvana:

O terceiro e último álbum de estúdio do Nirvana, começou a ser gravado no Brasil, logo após o Hollywood Rock, nos estúdios da BMG. A gravação durou cerca de 12 dias, e até o lançamento, por conta do vício em heroína Kurt teve duas overdoses, entre maio e junho.

O álbum teve seu lançamento em setembro de 1993. “Rape me”, “Dumb”, “Hearted-Shaped-box” sao algumas cançoes do disco.

O nome In utero foi inspirado em um poema de Courtney Love, esposa de Cobain, e o significado da obra quer dizer, nascimento, fertilidade, mulher e morte. Alias, meses mais tarde, em abril de 1994, Kurt Cobain morreria. 

“Grace” (1994) de Jeff Buckley:

O álbum de estreia de Jeff Buckley traz uma sonoridade inspirada no rock alternativo, jazz, grunge, com vocais melancólicos e uma aura romântica. Em “Grace”, Jeff fez três regravações, sendo a mais famosa, a versão de “Halleluiah” de Leonad Cohen.

Dois anos após o lançamento, Jeff Buckley, preparava um segundo álbum, mas não finalizou, o musico morreu enquanto nadava no Rio Wolf, afluente do rio Mississipi em 1997.

“Sketches for My Sweetheart the Drunk”, foi o nome dado ao disco lançado postumamente em 1998.

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“The Suburbs” (2010) do Arcade Fire:

Um álbum conceitual que explora temas de alienação e nostalgia, infância e uma espécie de manifesto pela vida, com uma sonoridade que combina elementos de rock dos anos 70, música eletrônica e indie. Sendo assim, foi amplamente aclamado pela crítica e venceu o Grammy de Álbum do Ano em 2011.

Com destaque para as faixas, “The Suburbs”, “Ready to Start”, “Empty Room”, na realidade, é um álbum no jargão popular: para ouvir de cabo-a-rabo

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“Is This It” (2001) dos The Strokes:

Sem dúvida alguma o álbum de estreia da banda americana de rock, “The Strokes”, traz de volta a sonoridade crua do rock de garagem perdida algum tempo, com letras divertidas e sem pretensão, a banda faz um revival no rock e abre caminho para outras bandas índie dos próximos anos. “Last night”, “Someday”, “Hard to explain”, “The modern age”, se destacam nos vocais rasgados de Julian Casablancas, bem como nas batidas do baterista brasileiro Fabricio Moretti.  

“AM” (2013) dos Arctic Monkeys:

Um álbum que mostra a evolução da banda britânica de indie rock, com um som mais maduro e influências de hip hop e R&B. O álbum recebeu ótimas criticas e gerou alguns dos maiores hits da banda, como “Do I Wanna Know?” e “R U Mine?”. Por fim, falando em evolução, recentemente o Arctic Monkeys lançou, “The Car”. Inclusive, logo após o lançamento, a banda fez shows no Brasil. Acima de tudo, o álbum traz uma sonoridade que vai do jazzística experimental.