Glen Matlock ex-baixista do Sex Pistols lança livro de memórias.

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Livro de Glen Matlock desfaz alguns mitos e boatos sobre o Sex Pistols.

O Sex Pistols com apenas um álbum, “Never Mind The Bollocks” conseguiu ser uma das bandas expoentes que popularizou o punk rock na segunda metade dos anos 70. O grupo, através das letras e da verocidade do som conseguiu influenciar uma juventude descontente em meio a guerra fria, e uma crise econômica na Inglaterra, em meio a inflação alta e desemprego. 

O sucesso da banda também se deve muito a atitude briguenta da banda e ao trabalho de marketing de Malcom McLaren que reuniu, Johnny Rotten (vocais), Steve Jones (guitarra), Paul Cook (bateria) e Glen Matlock (baixo). No entanto, Glen foi logo substituído por Sid Vicious.

Diz a lenda, que a saída de Glen foi motivada pelo fato dele gostar dos Beatles. Contudo, Matlock que lançou no dia 20 de fevereiro o livro – Triggers: A Life in Music – conta o seu lado da história, e desfaz certos mitos sobre a sua presença no Sex Pistols.

Glen Matlock ex-baixista do Sex Pistols lança livro de memórias.

Trabalhando na Sex

Matlock trabalhou na loja de roupas, Sex, de Malcom McLaren na King ‘s Cross em Londres, e lá conheceu os outros integrantes dos Pistols.

“Às vezes você se coloca no lugar certo, na hora certa, fazendo uma pequena aposta. … Alguém mencionou esta loja na King’s Road [boutique SEXO, operada pela McLaren] e eu nunca tinha estado em Kings Road. E eu peguei um ônibus e encontrei esse lugar, e havia algo nele que, você sabe, apenas por algum tipo de reação instintiva, e sim, houve uma espécie de momento de portas deslizantes. Mas também me coloquei naquela posição de portas ligeiramente deslizantes. … Você pode ficar em casa esperando o telefone tocar com uma ligação muito certa e desligar tudo, mas isso nunca acontece!” Conforme lembra.

Matlock revela que Morrissey ao entrevistar Joni Mitchell, perguntou a cantora se era verdade que Glen havia sido demitido dos Pistols por gostar de Beatles. Ela respondeu que nunca tinha ouvido falar nisto. 

Durante uma entrevista a Jeremy Vine, Glen simplificou sua saída. “Éramos muito jovens, as canções estavam acontecendo, mas girávamos em caminhos diferentes, entre roupas e atitudes. Mas foi um tempo bom. Eu não falava dos Beatles, mas eu gostava da banda The Faces”. 

1977: um réveillon em Londres com os Ramones

Glen ainda recorda sobre o encontro inusitado que teve com Joni Mitchell em Nova Iorque. 

“Quando eu estava tocando com Iggy Pop em 1979, estávamos em Nova York e tivemos alguns dias de folga, e fui convidado para uma espécie de [evento] de galeria de arte, que era basicamente formado por pessoas de bandas que haviam feito pinturas. , como um sarau, você sabe, no início da noite no West Village, em Nova York, ou algo assim. Eu realmente não sabia onde estava naquele momento. … E havia algumas pessoas ali com taças de vinho e toldos. E eu estava conversando com alguém e havia outro grupo de pessoas fazendo isso. Foi um pouco apertado. E a mulher do [próximo grupo] apenas recuou e pisou no meu dedo do pé com seus saltos agulha. Eu disse “Oh, sua vaca!” E foi Joni Mitchell! E ainda tenho uma unha partida”.

O livro traz ainda a história a respeito do desenvolvimento de uma Opera sobre a vida de Sid Vicius, contudo, o ex-baixista diz que foi uma ideia idiota. Entre outras de suas memórias está o fato de quando cogitaram uma reunião do Sex Pistols para um show no Caesar ‘s Palace em Las Vegas, mas ninguém obviamente gostou da ideia.

De forma humorada, Glen lembra de como eram os Pistols: 

“Éramos idiotas miseráveis, sabe? Havia todo um verdadeiro senso de humor nos Sex Pistols”.