CPM 22 lança álbum, “Enfrente”, oitavo álbum da banda.

O novo álbum da banda CPM 22, “Enfrente”, é uma explosão de punk rock dos anos 90, com letras positivas e colaboração intensa entre os membros.

Chegou o momento tão aguardado! A banda CPM 22 está lançando hoje, sexta-feira (03), seu mais novo álbum de estúdio, intitulado “Enfrente”, disponível em todas as plataformas de streaming através da Ditto Music. Este é o primeiro álbum desde “Suor e Sacrifício”, de 2017, marcando o retorno do grupo ao estúdio. Composto por 14 faixas inéditas e autorais, o oitavo álbum reflete a trajetória de quase 30 anos de carreira, consolidando o CPM 22 como uma das principais referências do rock nacional.

A produção do álbum ficou a cargo de Luciano Garcia e Ali Zaher Jr., e conta com participações especiais de Pedro Pelotas (Cachorro Grande e Samuel Rosa) nos teclados, sintetizadores, piano e órgão Hammond, além de Fernando Lamb, da banda Não Há Mais Volta.

CPM 22 revela making of do videoclipe “Mágoas Passadas”
CPM 22 é Badaui (vocal), Luciano Garcia (guitarra), Phil Fargnoli (guitarra), Ali Zaher Jr. (baixo) Daniel Siqueira (bateria) Crédito: Léo Muniz

O lançamento do álbum foi precedido pelos singles “Mágoas Passadas”, que recebeu um videoclipe dirigido por Rodrigo Giannetto, “Dono da Verdade”, “Alívio Imediato” e “Covarde Digital”. Cada faixa aborda diferentes temáticas, incluindo histórias pessoais, a era digital e a experiência da pandemia, que influenciou a composição do álbum.

Utilização de sintetizadores

“Mágoas Passadas”, composta por Luciano Garcia, é uma balada punk rock com influências dos anos 90 e características típicas do CPM 22. Inclusive, com nuances de bandas como Social Distortion, Alkaline Trio e Weezer. Esta foi a primeira vez que a banda utilizou sintetizadores em uma música, contando com a participação de Pedro Pelotas nos teclados, piano e órgão Hammond.

“Dono da Verdade”, cuja letra foi inspirada por um texto de Badaui, marca a primeira composição do CPM 22 assinada também pelo baixista Ali Zaher Jr.

“Alívio Imediato”, de autoria de Luciano Garcia, é um punk rock que reflete a identidade sonora característica da banda, com influências que vão desde Face to Face até Green Day.

Por fim, “Covarde Digital”, uma parceria entre Badaui e Luciano Garcia na letra, traz uma mensagem direta sobre o uso negativo das redes sociais para disseminar ódio.

“É uma música rápida, bem hardcore, com muita influência de Sick Of It All e Pennywise. E não é rápida só em termos de velocidade, mas também de duração, é uma música para dar um recado direto. Se a carapuça servir, serviu. Senão vida que segue”. Conforme diz Badaui.

Primeira faixa

A primeira faixa do álbum, “Porto Seguro”, teve sua origem como um country blues do repertório do guitarrista Luciano. Ao adaptá-la para um estilo mais característico do CPM 22, ela se tornou uma espécie de parente de “Combustível”, do álbum. Já  “Suor e Sacrifício”, que por sua vez está relacionada a “Atordoado”, de 2002.

“Rivais”, composta à distância durante a pandemia a partir de um texto de Badaui, é uma colaboração entre Badaui e Luciano, com fortes influências de Face to Face.

Já a faixa título, escrita por Badaui e Phil, aborda a ideia de enfrentar desafios e seguir em frente. Caracterizada por uma bateria mais rápida, ela segue a linha das composições de Phil, com influências marcantes de bandas como Propagandhi e NOFX.

 “O Phil compõe de um jeito diferente do meu, o que é muito legal porque no final as músicas do álbum se completam”, comenta Luciano.

Em seguida, temos “Direto e Reto” e “Conselhos”, ambas compostas por Luciano. “Direto e Reto” surge de ideias espontâneas da mente de Luciano, deixando espaço para interpretações individuais. Enquanto isso, “Conselhos” tem um significado especial para ele, sendo uma compilação dos conselhos que ele dá ao seu filho Martin.

“O Ano em que a Terra Parou”, escrita por Badaui, Phil e Ali, aborda a pandemia. Principalmente sobre os desafios enfrentados e as posturas dos governantes. Sobretudo a respeito das lições aprendidas durante esse período turbulento.

“Feriado Punk”

A canção traz memórias divertidas de Badaui e seus amigos no Punk Rock Bowling, festival em Las Vegas. Luciano, responsável pela composição, se inspirou no lado mais cômico do punk, seguindo o estilo de bandas como Toy Dolls e NOFX.

Sendo assm, para completar o álbum, temos “Nunca se sabe”, “Convicto” e “Urbano”. Apesar de “Urbano” ter sido a última música composta, foi escolhida para encerrar o álbum devido à sua história de composição compartilhada entre os membros da banda.

Segundo Badaui, este é um álbum com uma forte pegada punk rock dos anos 90. Portanto, com músicas rápidas e melodias cativantes, assim como letras que abordam temas sociais de forma positiva.

A capa do álbum, criada por Zeca Barban, apresenta uma foto da Avenida Sumaré, em São Paulo. Aliás brinca com a grafia do título, transmitindo a ideia de enfrentar desafios e seguir em frente.