11º Festival SGB propõe reflexões sobre a importância da educação em dados

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Evento realizado pelo Social Good Brasil nos primeiros dias de novembro recebeu mais de 100 palestrantes e atrações

Evento pioneiro quando o assunto é o uso de dados e tecnologias para a construção de um mundo melhor, o Festival SGB segue propondo reflexões importantes em sua 11ª edição, que ocorreu entre os dias 1º e 5 de novembro, online e presencial em Florianópolis. Foram cinco dias de programação, com mais de 40 horas de conteúdo e mais de 100 palestrantes nacionais, internacionais e outras atrações.

Com o mote “Seu passaporte para a próxima década”, o evento convidou o público a construir a sua própria jornada de conhecimento a partir dos temas principais: tecnologia e dados; inovação e impacto; arte e educação; e pluralidade e legado. O objetivo era ajudar a preparar os participantes para os desafios dos próximos 10 anos, tanto do universo profissional como da vida pessoal:

“Foi uma edição especial do Festival SGB, porque além de ser a primeira presencial após a pandemia, estávamos comemorando 10 anos do Social Good Brasil. Para a próxima década, queremos continuar trazendo luz a temas importantes que estão relacionados com a vida das pessoas, como o uso consciente das tecnologias, e seguir trabalhando em prol da democratização da educação em dados para resolver grandes problemas sociais”, comenta a diretora executiva Silvia Luz.

Para quem não conseguiu acompanhar o evento, os vídeos do Festival SGB seguem disponíveis na plataforma pelo próximo mês.

Festival trouxe conversas sobre dados, inovação, impacto social, tecnologia, arte e educação 

Com presença de nomes como Ana Fontes (Rede Mulher Empreendedora), Zeca Camargo, Daniela Arrais (Contente), Gláucia Macedo (Instituto Humanize), André Carvalhal (Carvalhando), Dylan Hendricks (Institute For The Future), Rodolfo Bonifácio (O Futuro das Coisas) e outros, o evento destacou a importância da ciência e educação em dados para enfrentarmos desafios do agora e do amanhã.

No segundo dia do festival, Dr. Uyi Stewart, Chief Data and Technology Officer do Data.org, deu uma palestra na qual alertou sobre a necessidade dos dados locais na resolução de problemas sociais:

“Em alguns lugares do mundo já há esse avanço enorme da quarta revolução industrial, mas fora do mundo ocidental pequenas organizações de impacto social ainda não possuem entendimento suficiente para o uso desses dados. A inovação ainda está acontecendo em pequenos bolsões. A pandemia nos trouxe atenção para o valor dos dados locais, e a inovação não deve ser feita em grandes centros: devem ser locais”, defende o pesquisador.

Ricardo Cappra, pesquisador de cultura analítica, autor e empreendedor que também palestrou no evento, destacou que estamos vivendo uma evolução do potencial analítico:

“Temos uma necessidade de recursos analíticos no dia a dia, e para ter isso precisamos de mais diversidade de visões e opiniões. Há uma nova geração analítica nascendo. As crianças já estão nascendo lidando com isso de forma mais hábil que a gente, e irão buscar mais informações e tomar decisões melhores”, comenta.

Leticia Vieira, diretora de ensino da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina, também destacou a importância da educação em dados desde a infância e também na escola pública:

“Lidar com tecnologia é algo que exige toda uma preparação e desenvolvimento de funções que muitas vezes ocorre na infância. Uma pessoa que não tenha desenvolvido capacidades específicas na escola não consegue entrar em um curso complexo depois. Precisamos começar a pensar em como começar a construir esse cenário de desenvolvimento para estudantes de escola pública”, defende.

Além de conversas sobre dados e tecnologias, também teve espaço para discussões sobre uso consciente das redes sociais e sobre arte e ativismo. No último dia do Festival SGB, o jornalista Zeca Camargo lembrou da importância da arte para chamar a atenção para causas importantes:

“Quando a gente fala em ativismo, é sobre simplesmente fazer. Não precisa ser uma revolução armada, muito pelo contrário, é justamente isso que a gente não quer. Há tantas outras revoluções que são muito mais fundamentais e bonitas”, finaliza. 

Apoios e Parcerias

O Festival SGB é um evento produzido pelo Social Good Brasil, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, realizado pela Secretaria Especial da Cultura e o Ministério da Cidadania, com apoio dos Parceiros Masters Fundação Telefônica Vivo e Engie Brasil.

Sobre o Social Good Brasil

Uma ONG brasileira que atua junto à sociedade civil, criada em 2012 a partir de uma parceria com a Fundação das Nações Unidas, que lidera o +Social Good no mundo. O Social Good Brasil (SGB) sempre buscou ser pioneiro ao trazer para o país tendências mundiais, como tech and data for good – o uso de tecnologia e dados para gerar impacto social. 

Em 2020, o Social Good Brasil recebeu o Prêmio Melhores ONGs, que anunciou as 100 organizações brasileiras admiradas do Terceiro Setor. Além disso,  a organização busca contribuir com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), criados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2021, foi vencedora do Prêmio ODS SC, que reconhece ações catalisadoras dos ODS no Estado de Santa Catarina, com um projeto de inteligência de dados no combate à Covid-19. 

Em 2022, o SGB celebra 10 anos. A organização enxerga os dados como um oceano vivo, cheio de mistérios para explorar, mas com o qual temos uma responsabilidade enorme de cuidar e foi pioneira ao criar uma bússola para guiar pessoas, organizações e governos para uma jornada de educação em dados. Com conteúdos e experiências gratuitas como o Festival SGB. Festival SGB 365 e a websérie Habilidados.

A rota de navegação também conta com uma Autoavaliação inédita no Brasil, criada para medir o nível de fluência em dados. Por fim, o SGB oferece jornadas de aprendizagem para pessoas que queiram aprender sobre dados e organizações que desejam criar soluções de dados personalizadas: o Cidadãos de Dados e o Laboratório de Dados. E segue construindo um ecossistema, unido pelo mesmo propósito: um Brasil mais fluente em dados, que vai ajudar a traçar um mapa para agir de acordo com tudo aquilo que fomos, somos e queremos ser no futuro.