Saiba como estão os locais das famosas capas de discos de rock

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Capas em muitas vezes são um chamativo para se ouvir um disco, então vamos conhecer o cenário de algumas destas obras.

Por Sandro Abecassis

As capas de discos, principalmente do tempo do vinil, sempre foram fascinantes. Criatividade, provocação, mistério, arte, despertando admiração de fãs, bem como dos especialistas e críticos musicais.

Pensando nisso, separamos algumas icônicas capas de álbuns de rock, que tiveram como cenários lugares reais das cidades, e fomos mais além, localizamos onde estão estes endereços hoje, através da facilidade tecnológica do Google Maps.

Então, vamos lá.

The Beatles – Abbey Road. (1969)

A primeira, sem dúvida, é uma das mais famosas, a clássica faixa de pedestres do último disco dos Beatles – Abbey Road – foto feita por Iain MacMillan que imortalizou a rua no bairro de St. John´s Wood, na frente dos estúdio da EMI em Londres.

Produzida em agosto de 1969, a ideia foi de Paul McCartney, no entanto, a imagem serviria como “prova” para a teoria de conspiração que provava a morte do baixista, pretensamente ocorrida em um acidente de carro em 1966, sendo o mesmo substituído por um sósia.

1962: o dia que os Beatles foram recusados pela gravadora Decca.

A capa representaria um cortejo fúnebre, Lennon de branco, como um clérigo, Ringo, o padre, Paul, o defunto, descalço, como costumam ser enterrados os mortos na Inglaterra, e George, o coveiro.

O fusquinha estacionado tem a placa, IF28, que segundo os conspiracionistas seria a idade de Paul em 1969, contudo, está errado, afinal, McCartney completaria 28 anos somente em 1970. 

Abbey Road se tornou um atrativo turístico de Londres, e atualmente existe uma câmera ao vivo transmitindo por 24h imagens da rua. 

OASIS – (What´s the story) morning glory? (1995)

O álbum, (What´s the story) morning glory?, lançado em 1995,  projetou os irmãos Noel e Liam Gallagher para o reconhecimento internacional, através dos hits, “Wonderwall”, “Don´t look back anger”, “Some might say”, e “Champagne surpernova”.

A obra representa o auge do Britpop britânico, junto com bandas, como Blur, Bush, Elastica, Suede e Supergrass, que nem sempre representaram uma convivência muito pacifica.

1966: John Lennon adota os óculos Redondo e corta o cabelo para atuar em um filme.

Influenciados pelos Beatles, além da sonoridade, a capa do disco é também em uma rua londrina, a Berwick Street, no bairro do Soho. A foto mostra dois homens se cruzando na rua em sentidos opostos com o semblante desfocado. Eles são o DJ Sean Rowley e o designer do encarte, Brian Cannon, de costas para a câmera. 

Pink Floyd – Animals (1977).

Lançado em 1977, “Animals”, do Pink Floyd é uma das obras mais elogiadas do rock progressivo. As composições assinadas por Roger Waters, foram inspiradas no livro de George Orwell – A revolução dos bichos – que compara humanos a animais, como porcos, cães e ovelhas, respectivamente sendo, homens da lei, políticos e aqueles que seguem cegamente ideias e conceitos.

Na época, a Inglaterra passava por um período de alto desemprego e inflação, e a música era uma forma de criticar o sistema, tanto é, que este período é o auge do Punk rock britânico, altamente critico, principalmente a Realeza.

A capa traz o famoso porco inflável de 12 metros sobrevoando a termoelétrica de Battersea, localizada no sudoeste de Londres.

A produção do animal inflável foi do australiano, Jeffrey Shaw, construída por uma empresa alemã, chamada Ballon Fabrik.

As fotos tiveram que ser feitas durante dois dias, no primeiro, a produção contratou um atirador pronto para derrubar o porco caso os cabos se soltassem, no entanto, o voo no primeiro dia foi muito baixo, e não houve sucesso.

Contudo, no segundo dia deu tudo certo, e as fotos conseguiram ser feitas, mas, esqueceram de contratar o atirador, e o dirigível se soltou voando pelos céus de Londres, inclusive causando problemas para o trafego aéreo. 

O porco inflável pousou em uma fazenda em Kent, aborrecendo o dono, porque o objeto assustou as suas cabeças de gado. Agora imagine uma vaca, (que também já foi estrela de uma capa do Pink Floyd), vendo um porco voador de 12 metros? 

The Doors – Morrison hotel.

O quinto álbum de estúdio lançado em 1970 pelo The Doors, foi, “Morrison hotel”. O disco traz uma das faixas de grande sucesso da banda, “Roadhouse blues”, sendo uma obra com composições cheia de influências do blues, em canções, como por exemplo, “The Spy”, “Maggie M´gill”, e a lindíssima, “Waiting for the sun”. 

The Doors: Live At The Hollywood Bowl está disponível no Amazon Prime.

A foto da capa foi tirada no Morrison Hotel, que era mais um lugar de alugar quartos baratos, em torno de U$ 2,50, localizado em uma zona degradada de Los Angeles, onde também havia um café e bar. O prédio hoje está fechado e com placa de aluguel, pelo menos até a última atualização do Google Maps. 

Black Sabbath – Black Sabbath (1970)

O primeiro disco do Black Sabbath, inaugura o gênero heavy metal. Um álbum assustador para quem ouve, logo na primeira faixa, sinos, chuva, raios e trovões, e o riffs do que seria um clássico da banda liderada por Tony Iommi e Ozzy Osbourne, a faixa homônima ao nome da obra, Black Sabbath.

Além disso, canções como, “The wizard”, “Wicked the world”, e a famosa, “N.I.B”, famosa pela tosse e pigarro de Tony no início após um engasgo enquanto fumava um baseado, conforme está no livro autobiográfico – Iron man: minha jornada pelo céu e inferno com o Black Sabbath – do guitarrista.

Dessa forma, a capa, é uma verdadeira viagem ao sobrenatural, despertando a imaginação. em um cenário bem assustador. Louise Livingstone, foi a modelo. Ela era uma artista adolescente, e mantinha um misto de aparência de bruxa e Monalisa, fotografada por Keith Keef.

O lugar é um moinho construído em 1640, chamado, Mapledurham Watermill,  no condado de Oxford  ás margens do Rio Tãmisa. Então, conseguimos através do Google maps a localização exata do local. 

U2 – The unforgettable fire

Produzido por Brian Eno e Daniel Lanois, o disco The Unforgettable Fire, de 1984 do U2, representa um divisor de águas para Bono, Larry, The Edge e Adam Clayton, que já vinham de grandes apresentações em estádios, e adotariam a partir desta obra, um tom mais messiânico e voltado para canções que abordando os direitos humanos, como é visto em, “Pride (in the name of love)”, fazendo menção ao bispo Tuto e a Martim Luther king.

Pink Floyd: os enigmas do álbum “The Division Bell” de 1994.

Outro destaque do álbum, é “Bad”, um resultado fantástico de harmonia da guitarra do The Edge, igualmente a “Wire”. O U2 sabia que estava compondo músicas para shows em grandes estádios e eventos. 

A capa, segundo Bono Vox no seu livro – “Surrender: 40 songs, one story” – quis passar a ideia de fim e recomeço. A banda buscou locais pela costa da Irlanda, e o lugar escolhido foi um castelo em ruínas, o Moydrum Castle, no Condado de Westmeath. 

Por fim, se você vai viajar para alguns destes locais, já sabe, tem um roteiro criativo para fazer fotos em lugares diferentes e incríveis.