Música Cia Arte.Dança e Camerata apresentam ballet Carmen
As apresentações acontecem nos dias 4 e 5 de fevereiro
Fotos: Toia Oliveira
Depois de dois anos longe dos palcos, o espetáculo “Suíte do Ballet Carmen”, com a Camerata Florianópolis e a Associação Cultural Arte.Dança, está de volta. A peça do repertório clássico que se tornou popular e que define com profundidade a alma espanhola, ocorre no Teatro Ademir Rosa (CIC), às 20h30min, nos dias 4 e 5 de fevereiro. A regência da orquestra será do maestro Jeferson Della Rocca e a direção dos bailarinos, de Letícia Gallotti. Os ingressos estão à venda no site da Blueticket e na sede da Camerata.
Produzido por Maria Elita Pereira e sua equipe, o espetáculo tem o apoio cultural do Villa Romana Shopping, Escola da Ilha e Clube 12 de Agosto, e patrocínio da Prefeitura de Florianópolis por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, Secretarua de Cultura, Esporte e Lazer e Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes
Ópera escrita por Georges Bizet em 1873/74 com base na novela homônima do escritor francês Prosper Mérimeé, “Carmen” sendo uma personagem icônica, mulher corajosa e sedutora, que preza a liberdade punida por seus atos porque vive num mundo atrasado e machista. A história contada na obra de Bizet se passa em Sevilha, na região da Andaluzia, numa praça onde a cigana Carmen e o soldado desertor Don José protagonizam uma trama de amor e ciúmes que envolve também o toureiro Escamilo.
“Nesta versão apresentada pela Camerata com a Arte.Dança, ‘Carmen’ não é interpretada por apenas uma bailarina, mas por seis, o que mostra a diversidade de características e adjetivos que esta personagem carrega”, diz a professora e bailarina Letícia Gallotti, responsável pela adaptação e coreografia do espetáculo. São, ao todo, 24 bailarinos, entre eles Adilso Machado, que interpreta Don José, e Danny de Souza, que incorpora o toureiro. No entanto, esse é um dos poucos espetáculos que os músicos da orquestra não se apresentam no palco, mas no fosso do teatro.
A estreia
A estreia da ópera de Georges Bizet, em 1875, teve um recepção de indiferença e hostilidade pelo público e pela crítica de Paris. Habituadas a óperas leves e ligeiras, as plateias ficaram chocadas com a crueldade e o realismo das cenas. Só mais tarde, após ser aclamada em Viena e em outras capitais europeias, com o louvor de compositores consagrados, é que o público passou a apreciar a extraordinária veia melódica e o notável domínio da orquestração de Bizet, fatores que tornaram “Carmen” uma das óperas mais populares de todos os tempos.
O autor, que morreu jovem, aos 36 anos, não teve tempo de ver o reconhecimento de sua maior obra. Por fim, as duas suítes que ele escreveu se encadeiam a partir dos temas da ópera, com árias e as peças de conjunto preenchidas por vários instrumentos em substituição às vozes.