Antonieta de Barros, primeira deputada negra do Brasil.
Antonieta de Barros, para os Catarinenses não é só uma pessoa, mas um simbolo político, cultural, educacional e de resistência dos negros em Santa Catarina.
Nasceu em Florianópolis em 11 de julho de 1901, de família pobre, negra, órfã de pai, e criada só pela mãe, conseguiu se formar na Escola normal Catarinense em 1921.
Antonieta estava a frente do seu tempo e dava aulas de alfabetização para a população carente, fundando um curso particular. Exerceu o magistério durante toda sua vida, sendo professora de literatura e português. Foi professora do tradicional Instituto de educação, onde chegou a ser diretora de 1933 a 1951.
Entrou para a política e foi a primeira deputada Estadual negra do Brasil, e a primeira mulher deputada do Estado de Santa Catarina, eleita pelo partido liberal em 1934 sendo constituinte em 1935, atuando até 1937 quando teve início o Estado Novo.
Antonieta voltou para política no fim do regime ditatorial em 1947 como suplente, atuou em defesa da valorização da educação e do magistério. Além disso, sugeriu formas de escolhas de diretoras e defendeu a concessão de bolsas para cursos superiores a alunos carentes.

Jornalista e escritora.
Além do magistério, entre 1922 a 1927 atuou como jornalista fundando o jornal A semana, onde através de crônicas participava das questões culturais do Estado. Os temas preconceito racial, valorização da educação, presença feminina na sociedade eram os textos de seus diversos escritos. Da mesma forma, sob o pseudônimo de Maria da ilha escreveu o livro Farrapos de ideias em 1937.
Antonieta de Barros faleceu em 1952, está enterrada no cemitério do Itacorubi. Recentemente recebeu uma homenagem em um painel na parede de 32 metros do edifício Atlas, no centro de Florianópolis, um mural com a sua imagem, bem próximo a outro ícone Catarinense, o poeta Souza e Cruz, retratado no Museu histórico de Santa Catarina. Ambos negros que sem dúvida representam a história do Estado.

Esperamos que um dia enfim não exista mais preconceito
#Justice4Floyd